segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Bolo de chocolate às três pancadas

Simples, sem gordura e que pode ser alterado à vontade do freguês sem prejudicar o resultado final. Esta receita está construída para que não seja necessário fazer pesagens porque não tenho balança em casa, mas não se esqueçam de uma coisa: sempre que acrescentarem mais líquido, acrescentem um pouco mais de farinha. Usem como medida o copo de iogurte. A receita parece comprida, mas faz-se em 10 minutos.

Ingredientes:
2 Iogurtes de aromas
2 copos de açúcar branco
3 copos de farinha + farinha para polvilhar a forma

1 Colher de chá de fermento
4 ovos

1 Barra de chocolate de cozinha
1 Colher de chá de manteiga para untar a forma
1 Colher de leite

Separar as gemas das claras*, bater as claras em castelo**, bater as gemas com o açúcar e os iogurtes e depois ir juntando a farinha aos poucos juntamente com o fermento.
Derreter o chocolate em banho-maria*** com o leite e juntar à mistura das gemas.
Envolver as claras nas gemas, untar a forma com manteiga, polvilhar com farinha, deitar a massa e levar ao forno.
Para verificar se o bolo está cozido, espetem um palito e se ele sair sem bolo agarrado, está cozido por dentro.
Pode levar uma cobertura de chocolate derretido e até podem juntar um pouco de sumo de limão ou laranja à mistura. Uma vez utilizei o recheio de um maracujá e ficou magnifico.  
* Partir ovos pode ser uma missão difícil, mas não é impossível. Podem usar um instrumento próprio para ajudar na tarefa que deixa a clara escorrer e prende a gema ou fazer um furo nos dois topos do ovo e deixe clara escorrer para um recipiente. Existem também centenas de vídeos na net sobre os mais bizarros métodos.
** Para bater as claras em castelo, não pode haver nenhum resíduo de gema, por isso muito cuidadinho na etapa anterior. É bastante rápido se o fizerem com uma batedeira, mas se só tiverem uma vara de arames podem exercitar os músculos dos braços. Para confirmar se estão bem batidas, podem inclinar a taça onde as tão a bater e ver se caem ou não. Se caírem, ainda não estão prontas. Pesquisem no Youtube.
*** O banho-maria é a cozedura indirecta de algo, neste caso, de chocolate. É necessária uma panela com água a ferver no lume e uma taça que, quando posta dentro da panela, não fique submersa, nem entre água lá para dentro. Na taça coloca-se o chocolate e o leite e mexe-se até derretes. Isto faz-se porque se pusesse-mos o chocolate directamente numa panela até derreter, queimaria.

domingo, 28 de agosto de 2011

Tostas Árabes

Adoro comida árabe! É a elevação ao seu expoente máximo da cultura mediterrânica, das azeitonas ao azeite, do pão às frutas. Uma rápida exploração aos nossos quase vizinhos marroquinos e encontramos mais semelhanças do que diferenças na hora de sentar à mesa.

Decidi fazer um pão “árabe” que serve de tostas para acompanhar com um gaspacho ou para servir com chutney. Sei que em Goa que faz umas tostas chamadas apas muito semelhantes a isto daí eu falar em chutney.
Ingredientes:
- 4 copos de farinha + farinha para estender a massa
- ½ colher de sopa de fermento (tipo Royal e não de padeiro)
- 1 colher de chá sopa de açúcar
- 1 colher de chá de sal
- 1 e ½ copo de água (pode variar)
- 1 colher de sopa de azeite
- Orégãos ou outra erva aromática a gosto

Numa taça/alguidar fundo junte a farinha, o fermento, o açúcar, o sal e misture. Faça um buraco no centro da farinha e acrescente água progressivamente. A quantidade de água pode variar consoante o tipo de farinha e por isso mais vale ir acrescentando a água à medida que se amassa a mistura. Não é preciso retirar a mistura da taça enquanto se amassa porque assim não é preciso sujar a bancada, mas é importante que isso se faça com as mãos secas e ligeiramente enfarinhadas.
Quando a massa já estiver consistente, acrescenta-se a colher de azeite e os orégãos e amassa-se até que a mistura se pareça com uma bola e deixa-se fermentar durante 20 minutos coberta por um pano.
Depois, fazem-se bolinhas pequeninas que caibam na palma da nossa mão e estendem-se numa superfície com farinha com um rolo da massa até ficarem quase transparentes. Não importa se não ficarem redondas porque o sabor é o mais importante.
Podem ser cozidas no forno até ficarem tostadas (é importante vira-las a meio da cozedura), numa frigideira muito quente anti-aderente sem gordura (como se fosse uma panqueca) ou podem ser fritas em óleo como se fossem batatas fritas.  

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sopa cremosa de aipo e couve

Porque estamos em crise, sentimos necessidade de ir buscar a sabedoria ancestral das nossas avós que aproveitavam tudo o que restava no frigorífico, nunca desperdiçando comida.
Neste campo, o prato supremo é a sopa: saudável, económica, rápida e prática. Esta sopa que vos trago foi feita com sobras e sabe que nem sopa francesa de um restaurante très chic!
Ingredientes:
1 talo de aipo (com folhas) picado
1 tomate aos cubos
2 batatas sem pele aos cubos
2 cenouras aos cubos
1 cebola pequena aos cubos
1 dente de alho
½ couve coração de boi (ou outra) ripada
Água
Azeite
Sal e pimenta

Numa panela grande colocar o aipo, o tomate, as batatas, as cenouras, a cebola e o alho, cobrindo os vegetais de água e um fio de azeite. Temperar com sal e pimenta e levar ao lume até que estejam todos cozidos*. Atenção que mais vale deitar menos água que água a mais porque se pode corrigir mais tarde se durante a cozedura a água secar. De sopa aguada ninguém gosta!
Depois de cozidos, tira-se do lume, passa-se tudo com a varinha magia, corrige-se a água e os temperos e quando estiver de novo a ferver ao lume, deita-se a couve e deixa-se cozinhar até esta estar cozida. Depois, é só servir.

*Os legumes devem ser cortados de forma homogénea para que cozam todos ao mesmo tempo. Um cubo de cenoura mais pequeno cozerá mais depressa que um cubo maior.